Viajar é uma coisa que normalmente todo mundo gosta. Mas aquela paixão maluca por conhecer novos destinos, que muitas vezes vira item de primeira importância, não nasce necessariamente com a gente.
Esse sentimento pode surgir depois de algumas boas viagens, por influência de outras pessoas e até mesmo após alguns “tombos” que a vida nos dá.
E foi assim, depois de uma grande perda, que minha mãe descobriu que viajar em família poderia ser não apenas uma das melhores coisas da vida, mas também uma grande ajuda pra superar a morte do meu pai.
Apesar de uma infância simples, sempre viajamos em todas as férias. Ela sempre se esforçou e dava seus pulos pra conseguir dinheiro pra isso. Mas como falei no começo, viajar era apenas um momento gostoso em família. Mas a paixão, necessidade e o arrepio de cair no mundo ela só foi sentir recentemente.
Com a perda precoce do meu pai, vítima de complicações por conta da diabetes aos 65 anos, propus a ela algumas viagens comigo e com minha irmã, com intuito de tentar distraí-la um pouco naqueles momentos tão dolorosos. Ela topou e começamos assim a fazer uma viagem só nós pelo menos uma vez ao ano, sem netos, genros ou noras. Apenas mãe e filhos.
Nosso primeiro destino foi Lima, no Peru. A primeira viagem internacional dela. Foram momentos maravilhosos. Nos anos seguintes viriam Fortaleza, Praia do Forte e também Maceió.
E sabe o que ela concluiu disso tudo? Que viajar em família era o melhor presente que ela poderia receber. Ao contrário dos anos anteriores, quando ela pedia presentes de Dia das Mães ou aniversário, hoje ela quer comemorar “na estrada”, ao lado das pessoas que ela ama. “Não gastem com coisas materiais, vamos viajar porque é o que realmente faz tudo inesquecível”, costuma dizer.
Parece que o mosquitinho mordeu mesmo ela, mesmo que tenha sido como válvula de escape num momento tão difícil. E que bom!
Parabéns pelo seu dia, mãe. Parabéns a todas as outras mães que permitem que nós filhos tenhamos tantos momentos mágicos em viagens inesquecíveis!
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