Vai viajar? Dólar turismo já se aproxima de R$ 4,55 nas casas de câmbio

O dólar ultrapassou o patamar de R$ 4 e atingiu, nesta terça-feira (22), o maior valor já registrado desde a criação do real. Com isso, o dólar turismo, cuja cotação é diferente do dólar comercial que aparece na televisão, já supera a marca de R$ 4,53 nas casas de câmbios do País.

Em telefonema para cinco casas de câmbio de São Paulo e encontrou a moeda americana cotada a até R$ 4,53 — caso da Cotação Câmbio, que cobra esse valor no cartão de viagem (travel card) com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incluído. Em espécie, a corretora pede R$ 4,31 pelo dólar, com o IOF incluído.

O segundo valor mais alto encontrado foi na Confidence Câmbio, que cobra os mesmos R$ 4,31 pela moeda em papel e R$ 4,52 no caso do cartão de viagem — em ambos os casos, o imposto está incluído. Na B&T, o papel moeda está cotado a R$ 4,27, enquanto o dólar no cartão viagem sai por R$ 4,51.

O menor valor encontrado para a moeda americana foi de R$ 4,20 (papel moeda) na Primecash, que também já inclui imposto nesse valor. No cartão viagem, o dólar está sendo vendido por R$ 4,45 na corretora.

Já o viajante que optar pela AGK, vai arcar com R$ 4,23 por cada dólar em papel e desembolsar R$ 4,43 pela moeda no cartão (melhor valor encontrado para esta modalidade). Todos esses valores podem mudar durante o dia e já contam com o IOF incluído.  

Dólar turismo x dólar comercial

O turista, quando compra a moeda americana para viajar, adquire o dólar turismo, que tem valor diferente daqueles que aparecem nas cotações dos jornais que você vê na televisão. A modalidade turismo serve, basicamente, como parâmetro para determinar o preço das tarifas aéreas e para os turistas usarem no dia a dia.

Já o dólar comercial é usado como base para a compra e venda de mercadorias de empresas comerciais legalizadas – uma compra de um carregamento de componentes para celulares que vem da China, por exemplo.

Ainda existe o dólar paralelo, que os economistas chamam de câmbio negro. Isso porque a venda é “escondida” e ocorre nas ruas, e as negociações, geralmente, são feitas entre pessoas físicas.