EVITANDO PROBLEMAS NOS VOOS PARA O EXTERIOR

Viajar para o exterior pode ser sinônimo de frio na barriga, principalmente para quem está embarcando para fora do Brasil pela primeira vez. Pode ter comprado as passagens por impulso, ao descobrir uma promoção imperdível, ou ter planejado a viagem dos sonhos com muita antecedência, mas no momento de se preparar para o embarque a atenção aos requisitos do destino deve ser a mesma. Até quem viaja com frequência pode se deparar com alguma exigência de documentação diferenciada ao decidir visitar um país desconhecido.
Para evitar que seu passeio seja um pesadelo, preste atenção a essas dicas e fuja das ciladas mais comuns que podem estressar um viajante e até faze-lo assistir seus planos irem embora em um voo perdido:
1 – Ter passaporte vencido ou perdido
Se sua viagem tem como destino Argentina, Chile, Bolívia, Colômbia, Equador, Uruguai, Peru, Paraguai ou Venezuela você poderá viajar apenas com a sua carteira de identidade. Caso contrário, o documento padrão utilizado para viajar para o exterior será o passaporte.
Para ter tranquilidade, a dica é tirar o quanto antes e, caso você já tenha o documento, analisar as exigências do seu destino, já que há lugares que pedem que o passaporte tenha seis meses de validade e você não vai querer passar pelo risco de ser deportado.
Além desses cuidados, procure manter sempre uma cópia junto com você e também em seu e-mail, como precaução.
Caso seu passaporte esteja vencido e você não possa aguardar o prazo de entrega, é possível requerer um passaporte de emergência, que tem validade de apenas um ano e é entregue em 24 horas. Esse tipo de passaporte nunca é expedido para fins de turismo, apenas em outros tipos de viagem que sigam as necessidades estabelecidas pela Polícia Federal. Se você deseja viajar como turista e não possa esperar pelo prazo de entrega do passaporte, uma saída pode ser solicitar o procedimento de entrega urgente.
Outra situação indesejável é a perda do documento. Caso isso aconteça enquanto você estiver no exterior, solicite gratuitamente a Autorização de Retorno ao Brasil junto ao consulado brasileiro. Se ainda nem iniciou a viagem, terá que esperar que a Embaixada Brasileira forneça um passaporte temporário, porém, se seu destino exigir visto, pode ser que ainda assim tenha que desistir dos planos.
2 – Não obter visto ou vacinação
Os Estados Unidos exigem visto até mesmo se você tiver uma rápida conexão no território para chegar a outro destino. Alguns países, como Barbados, exigem vacinação contra a Febre Amarela. Voltamos a repetir o mantra: consulte as regras do destino! Evite a frustração de voltar para casa por não ter a documentação necessária para embarcar.
3 – Perder voo, trem ou ônibus
Chegar ao aeroporto duas horas antes do horário previsto para o embarque é uma das táticas para não passar apuro. Se você estiver atrasado, ligue para a companhia aérea para avisar que está a caminho, isso pode facilitar o seu embarque na última hora. Se perder de vez o voo, siga ao balcão de atendimento para descobrir se pode ser transferido a outro horário ou se pode utilizar o valor de crédito em outra passagem. Você também deve ficar bastante atento às informações do embarque em outros transportes, principalmente se não dominar o idioma local.
4 – Perder dinheiro no câmbio
Quando estiver programando uma viagem internacional, pesquise os valores de câmbio e vá acompanhando as variações durante alguns meses. Assim, você aproveita as baixas para comprar parte do dinheiro e evita que as altas repentinas atrapalhem sua economia quando estiver mais próximo do dia da viagem. Trocar o dinheiro nos aeroportos é uma cilada comum. As taxas de câmbio podem ser mais favoráveis no Brasil ou na cidade de destino.
5 – Não dar importância ao seguro viagem internacional
É bastante comum que viajantes inexperientes pensem nisso como um mero detalhe. Porém, quem já precisou de atendimento médico em um país desconhecido sabe valorizar a cautela. Há lugares aonde você só consegue chegar se tiver obtido a cobertura de assistência saúde adequada. É o caso de alguns países da Europa, por exemplo. Sem seguro viagem internacional, você será deportado! Outros países, como a Austrália, só exigem o serviço para quem pretende passar um período maior. Mesmo quando a precaução não é obrigatória, esse seguro poderá ser muito útil em caso de doença, acidente e para ajudar a vencer algumas burocracias, como extravio de bagagem, perda de documentos, roubos e outros problemas. É melhor não esperar sentir a falta do seguro para saber que vale a pena.
6 – Falta de roteiro de viagem
Planejamento é a palavra-chave se você for passar poucos dias em um local cheio de opções. Montar um roteiro de viagem ajudará a calcular seus gastos, facilitará o caminho entre uma atração e outra e otimizará o tempo para que você possa aproveitar mais. Mesmo com um roteiro, você poderá improvisar algo ou deixar de seguir algum ponto, porém, saberá do que estará abdicando e conhecerá os benefícios da escolha.
7 – Deixar a reserva da hospedagem para a última hora
Se você prefere uma viagem mais espontânea, sem ter certeza de qual cidade estará em qual dia, a escolha do hotel pode ficar para o momento em que chegar a cada destino. Porém, é importante estar ciente de que algum evento local pode ser desconhecido por você e que os hotéis podem estar bem cheios quando chegar. Encontrar um lugar para ficar em cima da hora e a um preço justo é sempre mais difícil. Caso você tenha um perfil mais planejador, o ideal é fazer uma pesquisa com antecedência sobre a hospedagem, considerando as avaliações e depoimentos de outros clientes. Quando você já tem um roteiro de viagem pronto, é interessante analisar a possibilidade de optar pelo aluguel de um apartamento pelo Airbnb, que pode sair mais barato do que um quarto de hotel.

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