VISITA À ESCOLA BOLSHOI EM JOINVILLE, A ÚNICA FILIAL FORA DA RÚSSIA

Joinville respira dança e não é à toa que é a capital nacional dessa arte, além de sediar o maior Festival de Dança do mundo. É um orgulho dos moradores da cidade é a Escola Bolshoi de Joinville, única filial do renomado teatro fora da Rússia.

Uma boa notícia pra quem vem à cidade é que é possível fazer uma visita à escola, onde é possível ver de perto toda a estrutura disputada anualmente numa seleção que pode chegar a 70 candidatos por vaga.

VISITA À ESCOLA BOLSHOI EM JOINVILLE

Antes de falarmos sobre a visitação, vamos contar um pouco sobre a presença do Teatro Bolshoi na cidade. Após uma grande negociação com os diretores russos, desde o ano 2000 Joinville sedia a única escola de teatro da companhia fora da Rússia.

Alunos de todo o Brasil participam do disputado processo seletivo em busca de uma das vagas. Hoje são 228 dançarinos, todos bolsistas, o que foi uma das exigências do Bolshoi para abrir a unidade brasileira. No meio de todos esses jovens se escondem histórias de determinação, inclusive de famílias que largaram tudo para vir à cidade realizar os sonhos dos filhos.

 Todos os dias é possível fazer uma visita à Escola Bolshoi em Joinville, basta agendar por telefone. O tour guiado mostra a estrutura do lugar, além de contar um pouco da história dos alunos e professores. Logo na entrada é possível conferir exposições itinerantes, sempre relacionadas à dança.

 Além das salas de aula, os visitantes conferem as salas de música, a estrutura médica e o ateliê. Esse é um dos lugares preferidos de muitos turistas, onde são confeccionadas as roupas das apresentações.

Mas o que me encantou mesmo foi ver de perto uma aula e inclusive uma apresentação da companhia para o Festival de Dança. É incrível não só a habilidade dos alunos como também a disciplina.

 Por falar em disciplina, num lugar tão disputado por brasileiros de todos os cantos, as regras são rígidas. Os alunos precisam estar matriculados e cursando a escola regular e as médias precisam ser sempre acima de sete, correndo o risco de perder a vaga para outros candidatos.

E a jornada também é árdua. Os dançarinos têm aulas em média de quatro a seis horas por dia, cinco dias por semana. No currículo estão técnica de balé de acordo com a metodologia Vaganova, dança contemporânea e disciplinas complementares.

Na saída ainda há uma lojinha com souvenirs e materiais realacionados à dança, como sapatilhas e uniforme.